BOCAINA

Polícia investiga morte de jovem de 23 anos após mal súbito em academia de Bocaina; familiar e amigos contestam versão de socorro

o que inicialmente foi divulgado por jornal de circulação regional e republicado por outras páginas noticiosas — de que Mayara teria recebido manobras de reanimação durante o socorro — começou a ser contestado publicamente nas redes sociais.

Polícia investiga morte de jovem de 23 anos após mal súbito em academia de Bocaina; familiar e amigos contestam versão de socorro
Reprodução rede social
Publicado em 13/05/2025 às 15:22

O que inicialmente foi divulgado por jornal de circulação regional e republicado por outras páginas noticiosas — de que Mayara teria recebido manobras de reanimação durante o socorro — começou a ser contestado publicamente nas redes sociais.

A morte da jovem Mayara dos Santos, de 23 anos, ocorrida na noite da última segunda-feira (12), em Bocaina, segue sob investigação da Polícia Civil. A técnica em farmácia, que trabalhava no Hospital Amaral Carvalho, sofreu um mal súbito enquanto fazia musculação em uma academia da cidade. Socorrida por uma ambulância da Prefeitura, ela não resistiu e faleceu a caminho do hospital. No entanto, relatos de familiar e moradores locais têm levantado dúvidas sobre a atuação da equipe de emergência.

O boletim de ocorrência foi registrado como “morte a esclarecer” na Central de Polícia Judiciária de Jaú, segundo informações da página Plantão da Notícia. A principal linha de investigação considera a possibilidade de um quadro de parada cardiorrespiratória associado ao uso de suplemento conhecido como “pré-treino” — informação atribuída à médica plantonista, com base em relato da mãe da vítima. A jovem também seria portadora de condição cardíaca, segundo o mesmo depoimento.

Contudo, o que inicialmente foi divulgado por jornal de circulação regional e republicado por outras páginas noticiosas — de que Mayara teria recebido manobras de reanimação durante o socorro — começou a ser contestado publicamente nas redes sociais.

Reprodução de comentários na página da Rádio Energia

Mayco Gallo, que se apresentou como primo da vítima, publicou:

“Negativo, sou primo da vítima e na viatura da ambulância estava apenas o condutor. Ninguém realizou manobra alguma pra tentar salvá-la. Aqui em Bocaina se usa ambulância como Uber!” A Santa Casa de Bocaina, até o momento, não se manifestou oficialmente sobre o caso.

A postagem gerou repercussão, com outros moradores reforçando a crítica à estrutura do serviço de emergência da cidade.
“Que equipe? Porque só estava o motorista, como sempre. Nunca vem médico ou enfermeiro junto”, comentou uma internauta identificada como Gabriela Santos. Adriana João Theodoro foi mais incisiva: “Parem de falar o que não sabem. Está na hora de fechar essa Santa Casa de Bocaina. Ninguém foi junto na ambulância. Se a médica tivesse ido e aplicado um remédio, ela estaria aqui com a gente.”

A comoção gerada pela morte de Mayara também mobilizou familiares, amigos e ex-colegas. A Escola Capitão Henrique Montenegro, onde ela estudou, publicou uma nota de pesar: “Mayara fez parte de nossa comunidade escolar ao longo de sua trajetória e deixará saudades em todos nós.”

Nas redes sociais, grupos religiosos, amigos e colegas de profissão lamentaram a perda repentina.
“Estamos de luto pela princesa Mayara Santos, uma menina encantadora. Que o Senhor Deus possa confortar o coração de toda a família”, escreveu Talita Mesquita.
A jovem era formada em farmácia pelo IEP Jaú e exercia a profissão no Hospital Amaral Carvalho, um dos principais centros oncológicos do país. No perfil dela no Instagram consta que estuda biomedicina.

Os laudos do Instituto Médico Legal (IML), responsáveis por apontar a causa da morte, ainda estão sendo elaborados. A Polícia Civil informou que só poderá avançar nas conclusões após o recebimento desses exames e de ouvir as partes envolvidas no atendimento e socorro da vítima.

Com informações de Plantão da Notícia e Energia FM